domingo, 18 de julho de 2010

VIDA APÓS A MORTE!

"Minha prima garante que recebeu uma mensagem de meu filho. Como ele morreu em um acidente de moto há dois meses, é possível? Quanto tempo leva para quem morre poder se comunicar?"(Odete)
É possível sim.
O tempo que demora para quem morre poder se comunicar depende de diversos fatores que variam em cada caso.
Seu marido duvida porque ouviu dizer que quem morre de desastre demora muito para recobrar a lucidez. Nem sempre. O que conta mesmo é o nível espiritual que ele tem. Nessa hora, suas crenças, sua fé em poder ajudá-lo a aceitar a nova situação. Nesse caso, ele não precisaria permanecer adormecido nos primeiros tempos, até que as impressões mais fortes melhorem.
O sono demorado após a morte tem a finalidade dê:
1- Aliviar o sofrimento daqueles que ainda não acreditam na continuidade da vida e têm pavor da morte, pensando que vão deixar de existir, desaparecer.
2 - Recompor o corpo astral quando está muito dilacerado, pelo mau uso que seu possuidor fez durante a vida.
3- Escoar as energias negativas acumuladas e as formas-pensamentos.
4- Descansar a mente, desligando-a para que ela não interfira nos processos de recuperação, já que o que lhe aconteceu se deve exclusivamente a suas atitudes, crenças e pensamentos. Se esse desligamento não ocorrer, tudo continuará como está e ninguém poderá intervir para ajudar.
No astral há lugares especializados de atendimento. Ninguém fica desamparado, por mais desequilibrado que esteja.
Há muitos que não precisam desse tempo. Caibar Schutel, um jornalista espírita de Matão, interior de São Paulo, deu uma mensagem no próprio velório, despedindo-se dos amigos, não deixando nenhuma dúvida quanto à sua identidade.
O mais importante para vocês é saber se a mensagem é mesmo de seu filho. Quando um espírito deseja ser identificado, fornece elementos para isso: palavras cujo sentido têm sigificado especial para alguém, recados pessoais, referência a fatos só conhecidos da família.
Muitas vezes, na ânsia de obter notícias dos que partiram, os familiares tornam-se demasiado crédulos, aceitando tudo sem nenhuma comprovação. Acabam descrentes e mais infelizes do que antes.
Seu filho continua vivo! Acabou uma etapa e foi levado para outras experiências em outro lugar. Se ele aceitar o que lhe aconteceu, sofrerá menos. Vocês podem ajudá-lo, deixando-o ir, mandando-lhe pensamentos de amor e fé. O que agora lhes parece um mal é o bem que vocês ainda não conseguem enxergar. Um dia saberão por que tudo aconteceu. Enquanto isso, aceitar o que não podem mudar traz harmonia e paz! Vale a pena experimentar.

O tempo que um espírito demora para
se comunicar depois da morte varia conforme
suas necessidades e nível de evolução.
Há os que se comunicaram no próprio velório.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sr. ZÉ PILINTRA

Os seus pontos cantados realçam sua fama:
De madrugada quando vou descendo o morro.
A nega pensa que eu vou trabalhar.
Eu boto meu baralho no bolso.
Meu cachecol no pescoço.
E vou pra Barão de Mauá!
Mas trabalhar, trabalhar pra quê?
Se eu trabalhar eu vou morrer.
Na umbanda, todas as práticas e incorporações de Zé Pilintra estão voltadas para a caridade, assistência espiritual e material.
Chamado também de advogado dos injustiçados, é devoto de Santo Antônio.
Apesar da fama de marginal, este guia espiritual é considerado um dos grandes mestres da vida, ajudando aqueles que já sem esperanças, sentem-se impotentes diante das adversidades que êle, Zé Pilintra, considera a colheita dos frutos amargos que as próprias pessoas semeiam durante a vida.
Dizem ser ele protetor também daqueles que têm problemas com a polícia, pois, por experiência própria, sabe como lidar com estas situações como nenhum outro.
Uma de suas características que mais contrasta com a imagem de malandro, é pregar a humildade acima de tudo pois a vaidade, diz este mestre, é um atraso para o crescimento espiritual. Pois aqueles que se acham muito espertos e "malandros" geralmente se metem em situações complicadas e por vezes perigosas. E como diz um adágio da Umbanda: "Semear é opcional, mas a colheita é obrigatória."
Nos terreiros de Umbanda em que se manifesta, sua presença é muito festejada sua figura muito respeitadas. Baixando muitas vezes durante as giras de exú, quando então bebe de tudo e fuma cigarro. Dá conselhos e ensina pequenos feitiços para resolver alguns embrólios do público consulente. Irreverente com os homens e galanteador com as mulheres, sua incorporação é marcada por uma curiosa mistura de auxílio humanitário e sarcasmo, quase sempre fazendo gozações e provocações.
Embora não tenha uma guia de côr específica, pois seus trajes o identificam, em alguns terreiros um colar de coquinhos é usado, lembrando a sua origem no Catimbó nordestino. Muitas vezes um simples chapéu branco tipo panamá ou um lenço vermelho no pescoço é tido como seu emblema.
Quanto às suas oferendas, o mais comum são garrafas de cachaça, maços de cigarros, charutos de boa qualidade e por sua proximidade com exú, ás vezes, uma farofa de linguiça com azeite de dendê num alguidar de barro no qual se coloca por cima dados e principalmente um baralho de cartas que não seja de plástico.
Nos terreiros em que praticam o culto do Catimbó, uma oferenda comum é o cuscus de peixe por ser considerado uma comida simbólica de saúde e prosperidade. A bebida é feita com as fohas da Jurema preta, milho gengibre, rapadura e funciona como uma panacéia com qualidades afrodisíacas.
Devemos destacar ainda que na Kimbanda existe um exú Zé Pelintra. Que não tem ligação com o mestre do Catimbó ou da falange os malandros da Umbanda. É um exú que se veste de branco, usa chapéu e carrega sempre uma navalha, sua arma preferida. É por tido por alguns como manifestação grosseira, ligado ao lado negativo do astral. Porém seus defensores argumentam que esta incorporação é uma escolha das entidades, como uma missão de superação Kármica e que todos têm a sua luz espiritual, podendo indistintamente, fazer tanto o bem como o mal. Sua missão é mostrar àqueles que estão trilhando o caminho da marginalidade, do crime e da prostituição o erro cometido, ajudando-os a resolver as difíceis situações em que se envolveram. Sua apresentação semelhante à Umbanda, é divertida, bebem muito, de forma inconsequente, ávidos de desfrutar o momento, são generosos, compartilhando o que tem com os fiéis e dando conselhos inesperados para a solução de problemas considerados dificílimos de resolver. Tem um código de honra dentro dos padrões da malandragem, em que a falsidade não entra e a amizade é para sempre em todos os momentos bons e maus.
Por sua ajuda à bandidos e criminosos é considerada uma entidade maléfica por alguns, mas a apologia defendida por seus seguidores é que somos todos filhos de Deus, não importa o erro que tenhamos cometido, ainda temos a chance de salvação.
O culto à Zé Pilintra, apresenta algumas modificações e discrepâncias entre vários terreiros. Dizem alguns que Zé Pilintra não deve ser "assentado", pois é um espírito vivo, um mestre ascencionado e não pode ser aprisionado por nenhum ritual mágico. Mas por outro lado, devido a similaridade de sua liturgia com exú, alguns terreiros fazem um pequeno altar particular, com seus objetos favoritos e colocam oferendas comuns ao culto de exú, garantindo que ele estará sempre presente ali enquanto continuar a ser cultuado desse modo.
Uma característica comum nos rituais umbandistas são as preces dirigidas aos seus guias espirituais. Estas orações carregam todas as cores da mistura religiosa brasileira nas quais encontramos os orixás africanos, os caboclos indígenas e as almas iluminadas segundo a crença kardecista e a fé cristã.

PRECE A ZÉ PILINTRA

Salve Deus, Pai Criador de todo o universo!
Salve Oxalá, força Divina do amor, exemplo
vivo de abnegação e carinho.

Bendito seja o senhor do Bonfim!
Bendita seja a Imaculada Conceição.

Salve Zé Pilintra, Mensageiro de Luz, guia e
protetor de todos aqueles que em nome de
Jesus praticam a caridade.

Dai-nos, Zé Pilintra, o sentimento suave que
se chama misericórdia. Dai-nos o bom
conselho. Dai-nos a proteção quando
puderdes. Dai-nos o apoio, a instrução
espiritual de que necessitamos para darmos
aos nossos inimigos o amor e a misericórdia
que lhe devemos por amor de Nosso Senhor
Jesus Cristo, para que todos os homens sejam
felizes na terra e possam viver sem
amarguras, sem lágrimas e sem ódios.
Tomai-nos, Zé Pilintra, sob a vossa proteção;
desviais de nós os espíritos atrazados e
obsessores, enviados pelos nossos inimigos
encarnados e desencarnados e pelo poder as
trevas.
Iluminais nosso espírito, nossa alma, nossa
inteligência e o coração, abrasando-nos nas
chamas do vosso amor por nosso Pai Oxalá.

Valei-me, Zé Pelintra, nesta necessidade, e
concedendo-nos a graça de vosso auxílio junto
a Nosso Senhor Jesus Cristo, em favor deste
pedido (fazer o pedido que desejar).
E que Deus Nosso Senhor, em sua infinita
misericórdia nos cubra de bênçãos e aumente
a vossa luz e a vossa força, para que mais
possas espalhar sobre a terra a caridade e o
amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Paz na frente, Paz na guia.

Acompanham-me Deus e a Virgem Maria.
Deus que pode. Deus faz tudo quanto
quer. Deus há de fazer tudo quanto eu quizer.
Que os meus inimigos não me vejam nem de
noite, nem de dia, nem no pingo do meio-dia.

Louvado seja Deus, Senhor de Misericória,
Aleluia!

Jesus Cristo meu protetor, nossa mãe Maria
Santíssima, minha guia.

Com as três palavras ditas e as três palavras
retornadas da boca de Nosso Senhor Jesus
Cristo, eu me cruzo em nome de Deus pai,
Deus filho e Deus espírito Santo.

Que o manto de nossa Mãe Maria Santíssima,
me cubra contra os inimigos materias e
espirituais. Que o sangue de Nosso Senhor
Jesus Cristo derrame-se sobre minha cabeça
dando-me paz e sossego na fé de meu Pai
Oxalá.

Que a sombra do Cruzeiro, mestre
da cidade da Jurema abrige a todos
aqueles que me desejarem bem, e que
os meus inimigos tenham tanto sossego
como as ondas do mar, assim como era no
princípio, seja agora e sempre, por todos
séculos, dos séculos, que assim seja. Amém.

terça-feira, 6 de julho de 2010

VOCÊ RESISTE A MEDIUNIDADE

Em quase todas as cartas que tenho recebido, há relatos de experiências com espíritos desencarnados. Pessoas que tiveram sonhos premonitórios que depois se confirmaram, que viram os espíritos, que no momento do perigo foram milagrosamente salvas por alguém que desapareceu em seguida, que saíram do corpo e encontraram-se com parentes mortos, etc. Sem entender o assunto e não ter uma explicação lógica, nunca contraram a ninguém com receio de passar por mentirosos. No final de cada carta, vem a pergunta:
- Você acha que eu tenho mediunidade?
Por que será que as pessoas têm tanta resistência em admitir a comunicação dos espíritos? Estão vendo, sentindo, percebendo, vivenciando, e apesar disso duvidam, custam a aceitar. Será por causa dos preconceitos intelectuais ou religiosos? Há quem viva sessenta ou setenta anos, indeciso dentro desse processo, perdendo precioso tempo.
Você que passou por tantas experiências com os espíritos, que sente que elas foram reais, por que duvida? Saiba que resistir a verdade é retardar sua felicidade, sua paz e atrair para sua vida provas mais drásticas. A vida trabalha visando seu melhor. O contato com o mundo espiritual é para ampliar seu senso de realidade. E nada vai impedi-la de realizar seu objetivo.
*Primeiro, há o chamamento suave, uma tentativa de mostrar-lhe os fatos, para que comece a olhar a vida de forma mais verdadeira.
*Se depois de certo tempo você resiste, duvida e se recusa a enxergar, ela vai apertando o cerco, colocando em seu caminho experiências mais dura e profundas. Quanto maior for sua resistência, maiores e mais difíceis serão suas provas. Há pessoas que só depois de perderem um ente querido, de sofrerem grandes tragédias é que conseguem vislumbrar a espiritualidade(não que não esteja no caminho). Você não conhece alguém assim?
- Quer dizer que tenho mediunidade e minha vida só vai melhorar quando eu "desenvolver"?
Prefiro a palavra educar. Disciplinar. Quem tem sensibilidade sente muito mais as energias que capta e se não sabe o que fazer com elas, vai sofrer as consequências. Por isso, educar a sensibilidade é fundamental para seu equilíbrio. Tão importante quanto isso é trabalhar o emocional, uma vez que pela lei das afinidades você vai atrair com facilidade energias equivalentes a seu modo de pensar, de ver. Portanto, se melhorar sua personalidade, aprender a controlar o pensamento, esforçar-se para eliminar os padrões negativos, cultivar o otimismo, certamente obterá excelentes resultados.
Educar a sensibilidade não significa que precisa prestar serviços com ela. Nem todos têm a tarefa. Muitos estudam o assunto, harmonizam sua vida, compreendem os problemas do dia-a-dia, vivem muito melhor e estão destinados a outras atividades.
Você acha que não há outras formas de contribuir pelo progresso da humanidade?
Todos os que são honestos, trabalhadores, úteis à sociedade, cumprem esse papel. Um chefe de família, cumpridor de seus deveres, pode estar realizando muito mais em termos espirituais do que outro que reza o dia inteiro e se coloca como mediador entre os homens e Deus.
Há os médiuns que precisam dedicar-se ao trabalho em favor do próximo. Escolheram isso antes de nascer e se comprometeram com grupos de assistência, quase sempre por se sentirem culpados pelos erros do passado, pensando assim apagar o remorso da consciência. Quando estão reencarnados e tendo as experiências mediúnicas, sentem essa necessidade e passam espontaneamente a dedicar-se à ajuda espiritual, levando vida normal e equilibrada, sob a proteção de grupos de espíritos interessados em trabalhar em favor da humanidade. Porém, se esse médium resiste ao chamamento espiritual, sua vida poderá tornar-se mais difícil. É que tendo sido programado para o trabalho de ajuda, ele tem algumas características especias. Os espíritos aflitos e sofredores que circulam pela crosta da Terra percebem e o cercam procurando alívio, sugando suas energias e, o que é pior, derramando sobre ele seus fluidos doentios e desequilibrantes. Sem conhecimento, essa pessoa vai sentir-se mal, pensar que está doente e os médicos não vão encontrar nada. Sua vida afetiva e profissional também pode piorar. A situação só vai melhorar quando ele educar a mediunidade e dedicar-se ao auxílio do próximo. Essa crença generalizou-se mas só funciona para quem nasceu com essa tarefa.
Você que me escreveu dizendo ter todos sintomas que descrevi sobre mediunidade, estar sofrendo e não encontrar remédio, precisa estudar o assunto com urgência. Por carta eu não poderia responder porque cada caso é um caso. Precisa experimentar, praticar, estudar o que você sente, descobrir se você tem realmente esse compromisso ou se está apenas sofrendo as consequências de seu desequilíbrio emocional. Isso só pode ser feito junto com pessoas preparadas que possam orientá-la. Não seja resistente. Sua vivência é sua realidade.
Confie e não perca mais tempo.
Vá em frente e sua vida mudará para melhor.
Tenho certeza disso!